segunda-feira, 6 de junho de 2011

CONCURSO SABARÁ 300 ANOS

Prefeitura lança concurso sobre os 300 anos de Sabará

QUI, 02 DE JUNHO DE 2011 15:46 GERÊNCIA DE COMUNICAÇÃOEducação
Logo_300_anos_jpgEm comemoração aos 300 anos de elevação à Villa Real que serão completados em julho deste ano, a prefeitura de Sabará lança um concurso de desenho, poesia e redação para alunos das redes municipal, estadual e particular de ensino.

Com o tema “Sabará - 300 anos de elevação à Villa Real”, a iniciativa, além de prestigiar e despertar o interesse desses alunos pela história do município, visa, ainda, desenvolver a produção na área das artes e literatura dos estudantes sabarenses.

As escolas que desejam participar deverão encaminhar à Secretaria Municipal de Educação formulário de inscrição devidamente preenchido, conforme consta no edital, até o dia 1º de julho às 16 horas.

Mais informações: (31) 3672-7747 / 3674-2812 /projetoeducacaosabara@gmail.com
Fonte: PMS

CONHEÇA UM POUCO DA HISTÓRIA DE SUA CIDADE.
Sabará
HISTÓRIA


Segundo o historiador Prof. Zoroastro Vianna Passos,`o baiano audaz muito antes do paulista, já em 1555, senão antes, na viagem de Spinoza, viera aos sertões de Sabará`.
Existem algumas citações de que Borba Gato, quando aqui chegou, assistiu Missa em uma pequena capela já existente. De acordo com os historiadores, o sertanista, capitão Matias Cardoso de Albuquerque que, tendo atingido esta região anteriormente, foi designado líder da equipe de Vanguarda da Bandeira das Esmeraldas. O objetivo deste grupo era abrir `caminhos e plantar roças` locais de pousada e abastecimento da Bandeira que viria logo após. Descendo a serra do Taquaril, Matias Cardoso veio ter às margens do Rio das Velhas `...aproveitando uma encosta de terra muito fértil com uma fonte de água puríssima de beber, afastada do nível das enchentes e em ponto de boa vedagem, essa Roça Grande converteu-se em pouso obrigatório na travessia para o sertão e formou-se como povoado que, provavelmente, é o mais antigo de Minas que sobreviveu aos outros, no caminho das Bandeiras`. Roça Grande ocupou lugar de destaque na história sabarense. Denominado Arraial de Santo Antônio do Bom Retiro da Roça Grande, teve a freguesia instituída em 1707 e elevada à categoria de Colativa em 1724, com patrimônio doado por Manoel de Borba Gato.
Salomão de Vasconcelos afirma que a Bandeira das Esmeraldas após estar no Sumidouro é que veio para Roça Grande e aqui abrimos um parênteses expressando a importância desta Bandeira: pela primeira vez em nossa História, num raro espírito de previsão, `foram criadas estâncias ou postos com plantação de roças e criação de porcos e aves para o sustento de homens da jornada. Deixava sempre um Capitão com seus soldados, além de vários negros e negras, nomes com que designavam os índios, à frente dessas feitorias. Diversas dessas feitorias transformaram-se em Arraiais e chegaram até nossos dias`. Nesta Roça Grande, nos meses de Maio, Junho e Julho, o Governador Arthur de Sá e Menezes assinou importantes atos `em casa de morada do Tenente-General Manuel de Borba Gato`. Neste Local, em 1702, Borba Gato recebia a provisão de Superintendente das Minas do Rio das Velhas, tendo sido o importante Bandeirante paulista, a quem a história não confere a merecida importância, o primeiro a encontrar o precioso metal amarelo às margens do Rio das Velhas.
Encontrado em abundância, o ouro atraiu aventureiros de toda parte. A ocupação não foi pacífica tendo gerado conflitos de toda ordem. Já nas alturas de 1681, um destes conflitos culmina no assassinato do fidalgo espanhol Dom Rodrigo de Castel Blanco, enviado da Coroa Portuguêsa. Denunciado à Côrte como autor do crime, Borba Gato foragiu-se por cerca de 18 anos, vivendo com os índios no vale do Rio Sabará e sertões, oportunidade em que veio descobrir mais ouro, não deixando de manter contato com a família em São Paulo.
Por volta de 1698, quando de seu primeiro encontro com o então Governador Arthur de Sá e Menezes, Borba Gato foi investido nas funções de Tenente-General do Mato.
Em 1702, o Arraial da Barra do Sabará, surgido próximo a Roça Grande, era considerado o mais populoso das Minas Gerais. A 09 de Junho de 1702, um novo encontro ocorreu entre Borba Gato e Governador Arthur de Sá, tendo o bandeirante paulista recebido o perdão em troca do `Manifesto do Ouro`, sendo ainda investido nas funções de Superintendente das Minas do Rio das Velhas. Nesta altura, o Arraial da Barra do Sabará fazia limites desde a confluência dos rios Sabará e das Velhas até as proximidades com o Arraial de Tapanhuacanga, fundado pelo paulista Bartolomeu Bueno Silva e seus parentes, onde foi erigida a Igreja de Nossa Senhora da Expectação do Parto, popularmente conhecida como Igreja de Nossa Senhora do Ó.
Investido das novas funções, Borba Gato passou a impor-se `repartindo lavras de ouro por sortes de terras e veios d’água como mandava o Regimento, confiscava todos os comboios que vinham do sertão, boiadas, cavalos, negros. E tudo mais se apanhava tudo confiscava`. Falecendo em 1717, deixou antigo Arraial da Barra do Sabará elevado a condição de Villa Real, próspero e com grande movimento.
A Paróquia foi instituída em 1701 pelo Bispo do Rio de Janeiro, Dom Frei Francisco de São Jerônimo, tendo sido elevada à categoria de Colativa por Alvará de 1724.
A madeira necessária à construção das igrejas, sobrados, casarões, pontes, era retirada das densas florestas às margens dos rios e córregos. Nestas clareiras eram plantadas lavouras diversas. Por ocasião da grande fome de 1700/1701, Minas Gerais do Ouro Preto e Ribeirão do Carmo foram salvas por mercadores de Sabará.
A febre do ouro fazia com que as lavouras fossem abandonadas. Os aventureiros estabeleciam-se em toda parte. Na Barra do Sabará surgiu um Caquende `... mercado de mantimentos e escravos que comerciavam com a Minas Gerais do Ouro Preto e com o Ribeirão do Carmo`. O paulista José Pompeu instalou-se com sua família fundando o Arraial de Pompeu , onde localiza-se a Igreja de Santo Antônio com talha representativa da primeira fase do barro mineiro. Pedro de Morais Raposo, juntamente com seus irmãos, fundou o Arraial dos Raposo, posteriormente desmembrado  em três freguesias: Santo Antônio do Rio Acima;  Rio das Pedras e Congonhas do Sabará (posteriormente Nova Lima) .
A arrematação do talho e distribuição da carne era feita por Frei Francisco de Menezes e o Sargento-Mór Francisco do Amaral Gurgel, por volta de 1707. Tal fato provocou a reação do grupo oponente aos paulistas, servindo de estopim para a luta aberta entre os baianos e portugueses contra os paulistas, com os primeiros seguindo as ordens de Manuel Nunes Viana, deflagrando a Guerra dos Emboabas. Resistindo os paulistas em Sabará, os comandos de Nunes Viana aqui vieram e, utilizando-se de índios com flechas incendiárias, atearam fogo às choças dos moradores. Em decorrência deste fato, dois locais atualmente têm denominação especial `Rua do Fogo` ( Rua Comendador Viana) e Bairro Fogo Apagou.
As lutas eram constantes. Em 1708 José Pompéu foi morto pelos Emboabas. No Ribeirão do Carmo e nas Minas Gerais do Ouro Preto sempre dominaram os paulistas e seus descendentes. No Sabará ficou o emboaba com seus costumes e suas tradições.
Em 1709, utilizando-se de madeira retirada das margens dos rios Sabará e das Velhas, foram construídas as pontes `grande` e `pequena`, no caminho utilizado para o Arraial dos Raposo (Raposos) e Minas Gerais do Ouro Preto, passando pelo Arraial de Sant’Ana. Por volta de 1710 era construído um `caminho novo`, na encosta da montanha, ligando a fervilhante Barra do Sabará, movimentado centro de comércio de gado, escravos, cavalos e mantimentos, com o extremo do povoado. Os anseios pela organização político-social aumentavam. O trabalho de organização durou cerca de dois anos.
No dia 14 de julho de 1711, `com uma luzida escolta, chegava ao arraial da Barra do Sabará, mandando convocar os principais mora dores da região para uma junta que, efetivamente, se reuniu no dia 15 à tarde e à qual compareceram quase todos os comandantes das Ordenanças dos arraiais`. Colocados a par das exigências, os moradores foram convocados pelo governador e Capitão-General Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho para uma nova reunião marcada para o dia 17 de julho de 1711 data em que, com muita festa, foi lavrado o ato de criação da Villa Real de Nossa Senhora da Conceição do Sabará, cujo inteiro teor segue transcrito. A lista dos presentes, cerca de 39, não aponta a participação de paulistas importantes e ainda residentes no arraial. à exemplo de Borba Gato.
O Termo da Vila Real compreendia Prósperos arraiais não apenas com atividades de extração do ouro mas destacando-se também na lavoura Pompéu, Lapa, Raposos, Roça Grande, Congonhas do Sabará, rio das Pedras, São Vicente, Curral del Rey, Paraopeba etc. A Comarca do Rio das Velhas foi instituída a 06 de Abril de 1714, com sede na tradicional Vila Real, pelo Governador Dom Braz Baltazer da Silveira, que sucedeu a Antônio de Albuquerque. Sua extensão era enorme pois fazia limites com Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Goiás. A posição geográfica da sede da Comarca favoreceu a formação como um dos mais importantes centros comerciais da Capitania.
Contava a Vila Real em 1719, com `5.771 negros escravos e 127 lojas e vendas`. Dois ilustres médicos da época atuaram na Vila com expressivo destaque, nas primeiras décadas do séc. XVIII: o português Luiz Gomes Ferreira e o italiano Antônio Cialli, autor de `Relação Histórico - Médica` datada de 1749, abordando o uso das águas de Lagoa Santa.
A Vila Real do Sabará não foi apenas `o maior empório comercial de Minas Gerais no Sec. XVIII e em mais da metade do Sec. XIX. Foi o maior centro de ourivesaria no Brasil, possuindo o melhor artesanato não só de alfaias sacras, como de jóias de todo gênero`. No final do sec. XVIII contava o Brasil com 2 milhões e 850 mil habitantes dos quais cabiam: 650 mil a Minas Gerais, 530 mil à Bahia, 480 mil a Pernambuco, 380 mil ao rio de Janeiro, Cabendo o restante às demais. Em apenas um século, o ouro conseguiu o que as demais atividades não conseguiram em dois: atrair e fixar grande massa de homens brancos, além de construir um capital que tornasse o Brasil capaz de desbravar e reconhecer grande parte de seu território, inclusive o estabelecimento de via interior, o caminho da Bahia para Minas. Segundo o Barão de Eschwege, a Intendência de Sabará chegou a arrecadar 487 arrobas de ouro no período de 1735 a 1751.
A 06 de Março de 1838, pela Lei Provincial nº 93, a Vila Real de Nossa Senhora da Conceição do Sabará foi elevada à categoria de cidade com a denominação simplesmente de Sabará.
Uma das mais tradicionais cidades mineiras, Sabará contribuiu decisivamente para a formação cultural e a grandeza do Estado de Minas Gerais. Já em 1711 participava na luta contra os franceses no rio de janeiro. Atendendo a abaixo assinado encabeçado por Miguel Calmon Dupin e Almeida, contribuiu na luta contra o general Madeira, o `Nero Baiense`, com envio da importância de `dois contos e duzentos mil réis` . No ano de 1865, enviou 84 jovens voluntários para participar na luta contra o ditador do Paraguai.
Por ocasião da Revolução Liberal, em Agosto de 1842, Sabará foi alvo de lutas contra as forças de três mil rebeldes que sitiaram a cidade sob o comando dos Coronéis Antônio Nunes Galvão, Francisco José Alvarenga e Manoel Joaquim de Lemos.


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Fonte: Blog Solar dos Sepúlvedas 


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